domingo, 13 de junho de 2010

O estado do ensino...


Como está o ensino comparado com o de à 40 anos atrás?
Encontrei esta imagem para pensar no papel do professor, pais e alunos...




Para a disciplina de Tecnologia Educativa construimos uma webquest sobre Miguel de Cervantes. Aqui vai o URL caso queiram dar uma vista de olhos: http://sites.google.com/site/webteccervantes

What is a Webquest?






Um dos conteúdos para esta disciplina é a criação de uma Webquest. Penso que para todos os futuros professores e mesmo para quem já é professor a webquest é uma ferramenta indispensável para a motivação dos alunos e uma entrada para o mundo das tecnologias e da World Wide Web. Apresento dois videos: um é uma entrevista ao Professor Bernie Dodge sobre a criação das webquests e o outro também é uma entrevista com o Professor a explicar o que é uma webquest.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Como olhar criticamente o Software Educativo Multimédia

A aprendizagem e o Software Educativo Multimédia estão intimamente relacionados, e por isso existem três factores que condicionam mutuamente estas duas vertentes: a qualidade científica, pedagógica e técnica do SEM (Software Educativo Multimédia).

Os destinatários destes softwares podem abranger crianças de 2 e 3 anos até adultos. O utilizador vai explorando os conteúdos ao seu próprio ritmo, a informação é organizada em vários fragmentos, relacionam-se entre si e o utilizador consome somente fracções pequenas de cada vez. Um dos problemas relacionados com este tipo de softwares são a publicidade enganosa criada pelas suas editoras, já que por si o software educativo não é sinónimo de aprendizagem completa, mesmo que as suas editoras publicitem o contrário.

Podem existir vários tipos de softwares relacionados com vários tipos de aprendizagem, behaviorista, construtivista entre outras. Na aprendizagem muitos factores intervêm para além da qualidade dos SEM, como, os estilos de aprendizagem ou a familiaridade do sujeito com o ambiente informático.

O SEM ao disponibilizar ajudas á navegação e às actividades feedback, positivo ou negativo, está a promover a autonomia do utilizador e orientar o seu desempenho.

Em vários estudos demonstrados no mesmo artigo (Sousa, 2004; Bastos, 2003; Afonso 2004; Paz, 2004;) podemos chegar à conclusão que a autonomia verifica-se e era proporcional à sua idade, este tipo de softwares motiva os alunos e ajuda-os ainda a compreender melhor como lidar com computadores e sentirem-se mais à vontade com o ambiente informático.

Como é que podemos olhar criticamente para um software educativo multimédia? Segundo Carvalho, A.A.A. (2005) podemos guiar-nos por algumas componentes: o que contém a caixa; como está apresentado o inicio/ apresentação; como está organizado o menu; as características da navegação e do interface; a ajuda; as sugestões para Pais, Educadores e/ou Professores; a funcionalidade de imprimir um diploma; a estrutura; as actividades; a existência de hiperligações para sites na Web; como se organiza a ficha Técnica e como sair do software educativo multimédia.

Cada software tem características próprias e por isso deve ser verificado por Pais, Educadores e/ou Professores, só assim pode ser rentabilizado em contexto educativo.

Resumo do texto: Como olhar criticamente o Software Educativo Multimédia, Ana Amélia Amorim Carvalho, Universidade do Minho, 2005

Capítulo 15 – Avaliar as aprendizagens com as ferramentas cognitivas

Os testes, projectos e exames que exigimos aos alunos determinam o que eles estudam e aprendem e o modo como o fazem. A maioria dos alunos pensa que o objectivo da aprendizagem é a memorização do material.

Jonassen (2000) afirma que uma das principais razões pelas quais os alunos não conseguem pensar de uma forma independente é o excesso de confiança dos educadores de todos os níveis de ensino numa única forma de representação de conhecimento.

O problema é representar o que os alunos sabem de uma única maneira e assim envolve-los em apenas um tipo de competência cognitiva.

Se queremos usar as ferramentas cognitivas para envolver os alunos em pensamento construtivo, auto-regulado, critico, criativo e complexo, então somos obrigados a avaliar esses tipos de resultados construtivos e não a aprendizagem reprodutiva.

Segundo Jonassen (2000) os métodos de avaliação tradicionais, principalmente aqueles baseados em formas objectivas de verificação, tendem a descontextualizar a aprendizagem a ser avaliada, focar-se em resultados reprodutivos da aprendizagem, tornar o processo de avaliação artificial e causador de tensão. Estes atributos contradizem os pressupostos e métodos implícitos pelo uso de ferramentas cognitivas.

Pondo tudo isto em causa, Jonassen (2000) põe a seguinte questão: como podemos avaliar de forma a serem captadas todas as aprendizagens usando as ferramentas cognitivas?

A resposta aparece no que resta do capítulo, quando Jonassen (2000) diz que por cada conteúdo a ser estudado, os alunos devem construir duas ou mais bases de conhecimento e também cita alguns dos produtos esperados quando se usam as ferramentas cognitivas: construção, colaboração, auto-regulação e pensamento crítico, criativo e complexo. Isto é o que se deve avaliar nos alunos.

É importante avaliar os tipos e a amplitude de construção de conhecimentos do aluno e não a memorização das ideias previamente mencionadas. Medidas são propostas, por um lado, a redirecção da avaliação para a auto-avaliação dos alunos e por outro lado usar formas alternativas de avaliação que proporcionem aos alunos a oportunidade de expressar o que sabem da melhor maneira.

O objectivo da avaliação com as ferramentas cognitivas é fornecer aos alunos feedback que lhes irá permitir compreender o quanto aprenderam para melhor dirigirem a aprendizagem. A auto-regulação é um elemento indispensável nesta mesma avaliação já que o uso das ferramentas cognitivas promove e exige a auto-regulação por parte dos alunos. Mais uma vez o tipo de avaliação mais importante para promover a auto-regulação é a auto-avaliação, em que os alunos avaliam o que sabem e até que ponto são capazes de aprender determinada competência ou assunto.

Um dos pressupostos mais importantes para Jonassen (2000) é que as ferramentas cognitivas envolvem os alunos em pensamento crítico. Apesar de ser uma faculdade difícil de avaliar, devido ao contexto e as diferentes competências ensinadas, existe uma maneira de atenuar este problema avaliando o produto das ferramentas cognitivas dentro do contexto que é usado.

Apesar de este tipo de avaliação requerer mais esforço por parte do professor e que ele abdique parte da sua autoridade, vai permitir que os seus alunos construam um conhecimento mais flexível, significativo, estável e transferível do que simplesmente se ditar objectivos e produtos da avaliação. Irá ajudar os alunos a tornarem-se mais pensativos e auto confiantes, qualidades essenciais para um bom aluno.



Resumo do Capítulo 15 – Avaliar as aprendizagens com as ferramentas cognitivas do livro de David H. Jonassen chamado Computadores, Ferramentas Cognitivas – Desenvolver o pensamento critico nas escolas da Colecção Ciências da Educação Século XXI – Porto Editora 2000.